O dia seguinte...

PS – 45,05% – 120 deputados
PSD – 28,69% – 72 deputados
CDU – 7,57% – 14 deputados
CDS-PP – 7,26% – 12 deputados
BE – 6,38% – 8 deputados
Votos brancos – 1,81%
Votos nulos – 1,12%
Abstenção – 34,98%

Estes foram os resultados oficiais das eleições, só faltando os 4 deputados do estrangeiro. Ora perante estes resultados e as respectivas reacções dos intervenientes impõem-se uma reflexão.
Começando pelo PS, o grande vencedor das eleições, pediu a maioria e o povo deu-lhe uma votação esmagadora, ficando com mais 16,36% dos votos que o segundo, o PSD. Esperamos uma boa governação sabendo que ainda estamos em crise e que os próximos tempos não vão ser fáceis, a ver vamos
O B.E., o segundo grande vencedor das eleições, quase que triplicava os deputados e de 2002 para cá teve mais 214.763 votos, bastante expressivo de uma nova maneira de fazer politica, de uma esquerda renovada. Espero que consiga manter a produtividade nesta legislativa.
Outro dos vencedores foi a CDU e claro Jerónimo de Sousa, apesar de vir da linha mais dura do PCP veio trazer uma alma nova ao PCP e isso vê-se nos resultados, mais 2 deputados e mais umas dezenas de milhar de votos.
Finalmente nos vencedores ainda contamos com o PPM e o MPT, infelizmente não ouvi nada sobre eles nos jornais e nas TVs mas nos deputados eleitos pelo PSD estão 2 monárquicos e 2 do movimento da terra. Parabéns para eles que conseguir 4 deputados com votantes que nem chegam aos 1% é obra...
Agora os derrotados o grande derrotado é claro o PSD. Arriscou numa campanha do “bota-baixo” e deu-se mal. Foi um resultado terrível para Santana Lopes já era previsível, até pelos seu colegas de partido que já lhe faziam a “cama”, vejamos o Marques Mendes que mesmo antes de Santana falar já o tinha “demitido”, já se adivinha uma guerra civil dentro do partido. Mas Santana não desarma, não se demite e espera pelo congresso para voltar, quem sabe, a recandidatar-se ao lugar. Vamos esperar para ver o novo líder que terá a difícil tarefa de ficar na AR durante 4 anos sem poder fazer nada.O outro derrotado foi Paulo Portas, perdeu 2 deputados e alguns milhares de votos, mas isso não era suficiente para se demitir e fazer o papel de virgem ofendida, a real causa foi os objectivos, irrealistas, propostos por ele para estas eleições e nesse prisma a derrota foi total. Agora a demissão é bastante boa para Portas, descansa da política, não fica a desgastar-se na AR perante uma maioria absoluta do PS e deverá voltar daqui a 3 anos para voltar a fazer campanha nas próximas eleições, a ver vamos.