Sim/Não Constituição

Hoje, depois do não da França à constituição europeia vou deixar a minha opinião.
Muitos acusam a constituição de ser longa e que ninguém a lê nem a percebe. Bem se as pessoas lessem os tratados que foram assinados no passado também não os entenderiam, para isso é que servem os especialistas em direito, para lerem e a explicarem.
Dizem que não foi democrática, foi cozinhada por um burocratas em Bruxelas, mas esse não é o trabalho deles? Não me parece viável referendar todos os artigos e alíneas em todos os países da união. Mas isso sou eu.
Um ponto a favor, para mim, é a ausência na constituição de qualquer religião e da "cultura católica".
O argumento de que vamos perder poder e vai ser o fim de Portugal, ora isso não é bem assim, é verdade que vamos perder um comissário permanente, mas também todos os países. Vamos passar a ter um sistema rotativo sempre com 2/3 dos países membros representados. Não vejo grande mal nisso. Mesmo assim isso é só para 2014 e ainda podem existir mudanças.
Com a constituição vamos deixar de poder fazer as nossas próprias leis, ora em termos de Política de segurança e de defesa comum e fiscalidade, por exemplo, o voto tem que ser unânime e sempre podemos contrapor os nossos argumentos.
A criação de um mega-estado europeu, para mim, acho muito bem! Nesta conjuntura actual é a única maneira de fazer frente aos EUA. Positivo é a criação de um novo MNE Europeu, já é tempo de a Europa ter uma só voz.
Talvez a Europa ainda não esteja preparada para uma voz comum tal são as divergências de centenas de anos de história, mas isso só pode acontecer com uma tomada de decisão, como esta. Temos que aprender a viver em conjunto se queremos sobreviver neste mundo (sim é um bocado fatalista!).
Digo já que vejo muito mais problemas neste alargamento de 15 para 25 e não de 15 para 20 e depois para 25 do que esta constituição.
Não li a constituição, nem sou especialista em direito internacional (ou qualquer direito!) apenas me informei e dei a minha opinião, quer quiser que comente a contestar as minhas visões.