O presidente George W. Bush declarou a próxima sexta-feira, 16 de setembro, dia de oração pelas vítimas do furacão Katrina. É com alguma naturalidade que volto a constactar que os propósitos relacionados com Deus servem consoante as ocasiões. É a própria Bíblia quem nos ensina a pensar as catástrofes naturais como punições divinas. Foi assim com o Grande Dilúvio e com as cidades de Sodoma e Gomorra. Em ambos, uma porção da humanidade corrompida recebeu a justa pena por seus pecados. Se aplicássemos o mesmo raciocínio às calamidades modernas, teríamos de concluir que todas as vítimas de Nova Orleans, incluindo as crianças e bebés que tenham morrido, são os responsáveis por sua própria danação. O mesmo se pode dizer sobre todos aqueles que viviam na Ásia e que foi atingida pelo tsunami de Dezembro passado. No entanto não pude deixar de reparar que as pessoas atingidas pela ira de Deus são sempre de classes sociais baixas que ficam privadas do pouco ou nada que tinham! Não querendo tornar Deus num ser classicista e até certo ponto xenófobo (se repararmos as etnias atingidas...) tenho que me virar para o acaso. Sim, a simples causalidade dos efeitos naturais. É claro que isto retira da equação Deus e o seu papel construtivo/destrutivo nas nossas vidasCom efeito, é este o ponto que mais parece assustar aqueles que combatem as descrições darwinistas da evolução das espécies (agora tão em voga nos EUA com os partidários do design inteligente!?) é a suspeita de que a vida, sendo fruto de encontros moleculares e mutações aleatórias, possa não passar por Deus, mas resultar do encontro casual de uma molécula de carbono com dois ou três elementos da tabela periódica!
E como dizia John Rambo,
in Rambo III, "Eu não sou turista."
